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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Livros que odiei #2: O Sonho De Eva



Estava guardando a leitura desse livro para um momento especial, porque eu estava esperando boas coisas, até porque a temática é extremamente interessante e eu nunca havia visto algum outro livro semelhante. Aliás, sonho é uma temática intrigante, até por se tratar de um campo desconhecido - pelo menos pela maior parte da população - e pela facilidade que temos de nos identificarmos com as sensações tão curiosas que envolvem o mundo onírico, sua natureza simbólica e etc. Resta dúvidas que se tratava de um livro atraente pra mim? Mas foi justamente a elevação das minhas expectativas que fez com que eu quebrasse ainda mais feio a minha cara.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

E os trintões dizem: "jura?"

E quem diria que dar satisfação sobre tudo ou fazer as listas de exercícios de física seriam os menores dos seus problemas? De repente você tem que se preocupar em não sujar seu nome, até porque cartão de crédito não significa dinheiro eterno - e as últimas faturas e todas as transações "não aprovadas" deixaram isso bem claro. Sabe o que é eterno? Contas! E agora você entende porque os pais diziam "não", pois aparentemente não se pode mesmo levar tudo da loja; o bom é que não precisa mais de ninguém pra te dizer pra escolher só um e é muito louco, porque do nada você sabe disso por conta própria!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Conspiração

— Não!
— Mas mãe...
— Nada de “mas”. Quando eu digo não é não!


Se fosse um dia normal, eu teria ido direto pro meu quarto e quase quebrado a porta com uma pancada. Mas nesse dia eu resolvi não fazer essa cena. Sabe que nem sei qual foi o motivo? Só não bati a porta. E ainda voltei pra sala, onde toda a discussão do por-que-não-posso-ir-pra-festa-mãe? aconteceu e foi quando eu vi. Aaah, aquele sorriso de cumplicidade que meu pai lhe ofereceu... Não, isso tava errado. “Será que meus pais são sádicos, meu Deus?”. Antes fossem. 

sábado, 18 de julho de 2015

Caros antepassados,

Caros antepassados, 


Nem adianta fazerem os cálculos, pois o tempo não se conta mais daquele jeito. “Ano” é uma palavra que saiu de moda. Assim como acreditar; definitivamente isso é algo ultrapassado. 

— Fala-se em vida extraterrestre há séculos. Se há vida inteligente no além via láctea, por que eles não entraram em contato?
— Por que trovões você ainda está falando nisso? Supera!

O correto é descrer. Quem garante que existe uma zona abissal no oceano? Já esteve lá? E que a Terra é o planeta azul. Já esteve no espaço? Tá bom, homens foram viver em Marte em 2025, aham... Assim como experiência quase morte é real. Por favor! Só me falta falar que você acredita em alma. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Como se chama?

Eu tava chateado.
Acontece.
Qual é o nome que se dá quando você se esforça e num sai do lugar? Medíocre.
Qual é o nome que se dá quando você sente raiva de quem sempre consegue o que quer? Inveja.
Qual é o nome que se dá quando você sente que não deveria sentir isso? Vergonha.
Qual é o nome que se dá quando você percebe que perdeu o seu tempo? Frustração.
Eu só tava chateado.
Acontece. Mesmo.
Qual é o nome que se dá quando você nota que sempre será pequeno? E será anônimo? Que nunca foi tão bom quanto pensava? Que toda sua bondade é uma fachada? Que seu interior está tão apodrecido que nem mesmo você próprio se atreve a encará-lo? Como se chama? Como? Eu mesmo.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Despedir-se

Sabíamos que esse dia chegaria. Ficávamos jogando esse fatídico dia pra depois, depois e depois, que mal realizamos que o depois uma hora seria agora. Agora. E então me despeço. Eu disse com todas as palavras: eu estou desistindo. Desistir não é tão fácil pra mim, não quando se trata de você. Mas uma hora o insustentável foi percebido como insustentável e todas as palavras, que me entalavam a garganta e eu queria tanto dizer, foram engolidas, já não formam mais aquele bolo que me sufocava e engasgava. O que eu pude fazer, eu fiz. O que pude demonstrar, demonstrei. E eis que digo “tchau”, que pode ser um até logo, mas que se depender de mim será um adeus. Ficar em pé por tanto tempo, esperando a sua vez, cansa; a circulação não funciona como deveria, a fadiga só te faz querer trocar de posição. É isso, estou fadigada. Ainda tenho coisas para lhe dizer, mas quer saber? Deixa pra lá. Não há nada que eu diga que mude as coisas. Eu estava disposta a lhe ouvir e tudo o que recebi em troca foi o teu silêncio. Pois bem, a reação mais coerente para tal tratamento é a minha ausência, então tchau, até logo, adeus.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia dos Namorados

Já não me basta o aniversário de cada pessoa importante, ainda tenho de me preocupar com uma data arbitrária que só serve pra me arrancar mais dinheiro? Não, não tenho. Ainda faço parte do universo dos [palavrão]. Estranho, muito estranho. Era mais fácil quando as amigas também eram [palavrão] e chorávamos todas juntas pela nossa [palavrão], mas de repente você se vê num mundo onde uma boa parcela das pessoas faz de hoje um grande dia e você fica incomodado porque parou de dar importância. Não, eu to mentindo, tem importância sim. Reduzida, digo, pois não estou me dando ao trabalho de escrever isso?

sábado, 6 de junho de 2015

E se

E se eu só não consegui?
E se eu jurar que eu tentei?
E se eu te disser que não deu certo?
E se eu confessar que nem tentei tanto assim?
E se eu explicar que quando não se tenta muito, justifica-se o fracasso?
E se eu tiver medo de fracassar mesmo quando tentar com força?
E se eu fracassar?
E se eu desmoronar?
E se ninguém me segurar?